domingo, 14 de dezembro de 2008

PRECONCEITO

"Preconceito é opinião sem conhecimento"

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Ser Diferente



Não sou uma extraterrestre, rs... sou uma pessoa normal.
Aliás, o que é ser normal? Fazer limpeza de pele é super normal, não é?! Agora publicar uma foto como essa não é muito comum, né?! rs... Aposto como achou diferente, estranho...
Muitas vezes julgamos pela aparência, sem nem mesmo ter a oportunidade de conhecer o outro, o que está por trás, por dentro... Às vezes criamos falsos conceitos, ou até mesmo preconceitos por falta de contato, convivência e conhecimento.
Precisamos abrir caminhos para um novo olhar no sentido da aproximação com o saber do outro, construir novos conceitos, romper rótulos, revelar o desconhecido.
Infelizmente, ainda há muito preconceito na nossa sociedade, as pessoas têm dificuldade em aceitar o que é diferente do normal, o que foge da normalidade aparente. Julgam pelas aparências e temem o que desconhecem.

domingo, 3 de agosto de 2008

As pessoas com Síndrome de Down no mundo da sexualidade


As pessoas com Síndrome de Down no mundo da sexualidade

"Este foi o título do trabalho que Bia Paiva e Thiago Rodrigues, clientes do Carpe Diem, apresentaram no VII Congresso Brasileiro: Prevenção das DST e Aids, que aconteceu entre 25 a 28 de junho de 2008 em Florianópolis / SC.
Mais do que apresentarem argumentos que demonstravam a importância de pessoas com a deficiência intelectual poderem receber atenção no campo da sexualidade, estavam literalmente presentes num evento que discutia o cuidado com sexualidade. Estavam adentrando um mundo que pouco conhecia suas existências. E posso dizer como testemunha, que puderam “dar seus recados” de uma maneira doce e arrebatadora. Enquanto explicavam, cheios de boa vontade, os pôsters a todos que lá apareciam, ou quando apresentavam, cheios de orgulho, suas palestras sob o palco, cansei de ouvir comentários do tipo: “Nossa! Vou ter que rever meus valores!”.

“Se vocês podem beijar, por que eu não posso? Se vocês podem namorar, por que eu não posso? Se vocês têm relações sexuais, por que eu não? Me sinto triste com isso!”. Foi o que Thiago disse a uma grande platéia.
“Sexualidade não é privilégio de quem não tem deficiência! Aprendi muito com o Projeto Pipa e hoje eu namoro e estou aqui neste congresso falando para vocês!”. Foi o que Bia falou para a mesma platéia.

Fazer as pessoas reverem seus valores, este foi o resultado que Bia e Thiago alcançaram nesta grande aventura à Florianópolis. Aventura que começou quase três meses antes do evento com a preparação de tudo. Bia e Thiago participaram de todo o processo: desde a inscrição no congresso até a elaboração das apresentações. Sem contar, é claro, da grande ansiedade que antecedeu os momentos de verificarmos o aceite dos trabalhos inscritos e das bolsas (financiamentos) que nos possibilitaram passagens aéreas e hospedagem.Vivenciaram passo por passo. Suas apresentações também foram construídas por eles. Discutimos muito em grupo de Cidadania tudo o que lhes era importante no campo da sexualidade após vivenciarem o Projeto Pipa: conquistas e incômodos. E a partir destas discussões elaboraram suas apresentações. Contaram com a ajuda das mediadoras apenas para melhor organizarem suas idéias na montagem dos slides no Power Point. Sabiam de suas responsabilidades como representantes de seus colegas do Carpe Diem. E lá fomos nós de mala, cuia, slides e pôsters...Voltamos com uma bagagem ainda maior: encontros vividos que marcaram a vida de muitos!"

Carolina Yuki Fujihira
Mediadora do Carpe Diem

quarta-feira, 2 de julho de 2008

Congresso em Florianópolis


Trabalho do grupo de cidadania do Carpe Diem exposto no VII Congresso Brasileiro de Prevenção das DST e Aids, que aconteceu em Florianópolis, Santa Catarina, no período de 25 a 28 de junho de 2008.
Foi um sucesso!
Fotos e arte do poster: Dri Brasil


terça-feira, 24 de junho de 2008

Apresentação no Carpe

Falar não é o meu forte, em público então, nem me fale! Fico tensa, nervosa e não sei se consigo me expressar direito.
Acredito na imagem como um instrumento comunicador e transformador de opiniões, meu objetivo é buscar um olhar menos preconceituoso, tornando a sociedade mais humanitária, tolerante e solidária, de forma a conviver com a diversidade social e cultural existente sabendo respeitar as diferenças.
Agradeço a todos que estiveram presentes ontem na reunião, muito obrigada pela atenção, pelos elogios... Este é um trabalho conjunto, de todos, família, clientes, instituição, colaboradores...
E lembrando, deficiência todos nós temos, mas antes de tudo é preciso enxergar a capacidade.

(apresentação do meu trabalho no Carpe Diem)
"Quando queremos somos capazes..."(Lucinha)

Mariana Amato

(Lucinha, Mariana e eu)

Mariana é a autora da frase "Sou capaz como qualquer um".
Defini que este seria o nome para o livro de fotos e monografia após ler um depoimento de Mariana Amato na revista "Isto é", onde ela declara "sou tão capaz quanto qualquer pessoa da minha idade", e reafirma, "sou capaz como qualquer um".
Mariana trabalha, estuda, namora, viaja de férias e adora se divertir com os amigos. Como destaca na revista, de down (ou para baixo, gíria criada a partir do inglês) as pessoas que possuem síndrome de Down não tem nada, muito pelo contrário, eles estão cada vez mais atuantes.

Este é o Bruno Sturlini, autor da foto acima.
(Bruno Sturlini)

Conheça o Carpe Diem



"Acreditando no potencial das pessoas com deficiência mental e na importância de associarmos a comunidade, família, seus filhos e profissionais, o Carpe Diem, uma associação sem fins lucrativos, foi fundada em 07 de Maio de 1996, por iniciativa de profissionais envolvidas com o desafio da inclusão, que coordenam o projeto.
Atualmente, entre conselho, equipe profissional especializada e equipe administrativa, o Carpe Diem, conta com mais de 30 pessoas que participam diretamente e investem na proposta de inclusão social e profissional, efetivando vários multiplicadores .
Utilizando todos os recursos disponíveis na tentativa de transformar para melhor a sociedade em que vivemos, o Carpe Diem propõe várias e diferenciadas alternativas para que todos os envolvidos nesse processo possam crescer."


http://www.carpediem.org.br

sexta-feira, 20 de junho de 2008

"Sou capaz como qualquer um"

Meu trabalho de conclusão de curso apresentado às Faculdades Senac de Comunicação e Artes, como exigência parcial para obtenção do título de Especialista em Fotografia.
O trabalho é um ensaio fotográfico, parte integrante da monografia, com mesmo nome, onde discuto a questão do conhecimento do outro - da alteridade - através da imagem.
Foi realizado com a colaboração do Carpe Diem, uma associação que lida com pessoas que possuem deficiência e que tem como missão "fortalecer a autodeterminação da pessoa com deficiência intelectual, para que possa influenciar a sociedade no compromisso com a diversidade".

Aprendi

Aprendi que nada é fácil nessa vida, mas que nunca devemos desistir
Aprendi a ter fé, que é ela que nos dá força e coragem
Aprendi o valor de uma verdadeira amizade
Aprendi a reclamar menos e a agradecer mais
Aprendi que dinheiro não vale nada, mas que saúde é tudo
Aprendi que não é fácil ser diferente, mas que ser diferente é normal
Aprendi que é preciso se colocar no lugar do outro para conhecê-lo melhor
Aprendi a não julgar, e gostaria de não ser julgada
Aprendi que felicidade não existe, o que existe são momentos felizes
e que estes momentos para serem felizes, só depende de nós mesmos
Aprendi a não levar a vida tão a sério, a ter “espírito esportivo”
Aprendi a rir para não chorar
Aprendi que não existe nada mais valioso que um sorriso
e quando esse sorriso é do nosso próprio filho... Não tem preço!

O ano 2000

Teve um lindo começo, em fevereiro nasceu a minha menininha, a Larissa. Coisa mais linda da mamãe, tão pequenininha, com 2.575g e 47cm.
Com o tempo comecei a perceber que a Larissa não fixava o olhar, ela tinha um certo estrabismo, eu sentia que havia algo errado. Mãe sente as coisas, não tem jeito!
Quando ela completou 4 meses o pediatra recomendou que a levássemos a um oftalmologista, foi quando descobrimos que a Larissa tinha um problema sério na vista.
Difícil não esquecer este dia, quando, com base em um monte de exames que foram feitos, o médico me falou que minha filha era cega. Nossa! O chão se abriu para mim, não sabia o que fazer, o que pensar, aonde ir... Como é difícil lidar com o diferente.
A recomendação do oftalmo foi a seguinte: “Procure um psicólogo e um centro de deficientes visuais.”
Buscamos diversos outros especialistas, fomos a outras cidades, pesquisamos na internet... Fomos a todas religiões e igrejas, nessas horas é melhor acreditar que Deus existe e ter fé acima de tudo. Ou melhor, Deus existe sim, e sempre esteve com a gente.
Fomos ao centro de deficientes visuais, CEDV (em Brasília) – onde a Larissa foi muita bem recebida pela Maria Helena e a profª Adriana, onde freqüentamos durante algum tempo até nossa vinda para São Paulo, onde tivemos grandes vivências.
Em São Paulo freqüentamos o Laramara.
A Larissa tem cicatriz macular nos dois olhos devido a toxoplasmose que eu tive no final da gestação, “Graças a Deus” tem tido uma vida muito boa. Ela tem uma certa deficiência visual em virtude do acontecido, mas enxerga bem.
Hoje a Larissa tem 8 anos, está no 3º ano do ensino fundamental e é uma ótima aluna, faz teatro, ginástica olímpica, toca piano, faz coral... é uma verdadeira artista.
E é a minha lição de vida. Como aprendi com tudo isso.

Por que este blog?

Além do cumprimento de uma promessa, a idéia principal deste blog é discutir, divulgar, informar... a questão da diferença, o ser diferente do outro. De forma a colaborar com pessoas que sofrem com o preconceito, e que muitas vezes passam por momentos delicados, difíceis...

Em 2000 tive uma experiência nada agradável, mas que muito contribuiu para o meu crescimento, amadurecimento e que me fez ver com outros olhos a questão da diferença, o ser diferente do outro.
Prometi a mim mesmo, que superado o problema estaria dividindo com outras pessoas o que passei, com o intuito apenas de poder ajudar alguém que em situação de dificuldade precise de uma palavra, uma mensagem, um ombro amigo,... de força e coragem para continuar a longa caminhada da vida.

Seja bem-vindo ao meu blog.

Dri Brasil